"Os Doentes Cantam As 10 Campeãs da Sapucaí"

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Sinopse...

No final de 1982, após décadas de governos biônicos, o Rio de Janeiro elegeu Leonel Brizola como seu governador, tendo o antropólogo Darcy Ribeiro por vice.

Ambos idealizaram a construção de um espaço permanente para a realização dos tradicionais desfiles de escolas de samba, e que durante o ano abrigaria salas de aula de escolas públicas. Claro que foram chamados de loucos, ridicularizados pela mídia, a obra é inútil, vai cair, ninguém vai conseguir escutar o samba, blá blá blá...

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O projeto do Sambódromo finalmente foi encomendado a Oscar Niemeyer, a obra realizada em pouco mais de 100 dias, e a inauguração aconteceria já em 1984. 
Os desfiles passaram a ser em dois dias, a cobertura da TV aumentou o grau de exigência, o profissionalismo chegou de vez em todos os setores das grandes escolas, da produção e cenografia às baterias, dos puxadores aos casais de mestres-salas e porta-bandeiras.

De lá pra cá, seguindo o modelo, muitos sambódromos se espalharam pelo país. Mas o do Rio, na Rua Marquês de Sapucaí, segue único, seja pela tradição de suas escolas, seja pela grandeza e pelo primor estético dos desfiles, seja pelos sambas históricos gravados pra sempre na memória dos sambistas, seja pelo magistral arco da Praça da Apoteose.

Contra tudo e contra todos, mais e mais apaixonados vão surgindo; é um vício, uma doença.
Pois Doentes que somos, ano a ano renovamos nossa paixão, sedentos por mais um carnaval, pelos novos enredos, a ordem dos desfiles, os sambas vencedores, fantasias, ensaios...
Mas e se pudéssemos juntar todas escolas numa só bandeira, num só samba?
Um mosaico rememorando décadas, retalhos de geniais criações, uma pequena amostra do que tanto nos emocionou: essa homenagem é a proposta dos Doentes da Sapucaí pra 2019! 

E já que um novo ciclo começa tão logo o anterior se encerra,  que boemia continua não tendo meio expediente, e doença que não tem remédio, remediada está, mãos à obra, Doentes!

Evoé!