SINOPSE

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É com muita honra que o Doentes da Sapucaí traz para o carnaval de 2024 uma homenagem ao nosso templo mais sagrado,   no aniversário de 40 anos do Sambódromo da Marquês da Sapucaí!

E nossa já tradicional faixa estará lá mais uma vez, reinando soberana no Setor Onze...

Pois foi na Onze, na Praça Onze, no quintal de Tia Ciata, que nasceu a raiz do samba carioca!...

mas Tia Ciata não viveria pra ver o primeiro desfile das escolas de samba, em 1932.

Então o Rio urbanizou-se e, com a demolição da Praça Onze, no início dos anos 1940, os desfiles foram para a recém-inaugurada Avenida Presidente Vargas.

Nas próximas décadas eles só cresceriam em tamanho e importância, movimentariam muito dinheiro, a alta sociedade carioca e os mais famosos artistas da época passariam a prestigiar o evento.

Os sambas-enredo, antes só cantados na avenida, seriam gravados em LPs com grandes vendagens.

Os anos 1970 marcariam a ascensão definitiva da figura do carnavalesco e a supervalorização: da estética, da criatividade nas fantasias, adereços e grandiosas alegorias.

Em 1978, ocorre a mudança para a rua Marquês de Sapucaí.

Pois em 1983, em virtude do crescimento vertiginoso das escolas de samba, o então governador do estado Leonel Brizola, juntamente com seu vice Darcy Ribeiro, tiveram a ideia de criar um espaço fixo e definitivo para os desfiles de carnaval.

O arquiteto Oscar Niemeyer realizou o projeto que aumentaria em cinco vezes a capacidade do público e que durante o ano abrigaria uma escola e o Museu do Carnaval.

Finalmente em 1984, há 40 anos, era inaugurado o Sambódromo da Marquês de Sapucaí, oficialmente denominado como Passarela Professor Darcy Ribeiro.

A ópera afro-brasileira, da alegria, da ginga e da batucada, do esplendor, da criatividade e da irreverência conquista enfim seu palco definitivo!

Com o apoio significativo da televisão, agora favorecida pela estrutura da Sapucaí, os desfiles transcenderam o Rio e ganharam o mundo.

Surgiram mitos e lendas em torno de sambistas históricos, figuras apaixonadas e apaixonantes.

A Sapucaí eternizou as potentes vozes dos maiores intérpretes, exportou a graça e a elegância de brilhantes casais de mestre-sala e porta-bandeira, consagrou mestres de geniais baterias e também grandes diretores de carnaval.

Da sirene tocando na primeira escola do primeiro dia ao fim da apuração das notas, já na quarta-feira de cinzas, o que não falta é emoção no coliseu do samba.

E quantas lembranças de lá não povoam o imaginário dos amantes do carnaval: cenário de homenagens memoráveis, de manifestações sociais, da beleza, do luxo e do lixo, surpresas, suspenses, tensões... 

momentos inesquecíveis, amizades, reencontros...

do esquenta antes, das homéricas bebedeiras, dos risos e da lágrima que teima em escorrer...

e da bateria que deixa o recuo e levanta a arquibancada com suas bossas e paradinhas...

Ao final, o majestoso arco da Praça da Apoteose, que tanto enobrece nosso pavilhão, ícone máximo dessa maravilha arquisambistetônica chamada Sapucaí!

Da Praça Onze ao Setor Onze!

Tia Ciata, deve estar orgulhosa de seu quintal...

Ela também é nossa convidada!

São 4 décadas de fantasias... um jubileu de esmeralda ou de rubi...

O Doentes anuncia com muita alegria: 40 Anos da Sapucaí!!